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Brasil usa robô para cirurgia de coluna pela primeira vez em hospital público

Procedimento foi realizado no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto (SP) com paciente de 66 anos. Tecnologia dá maior precisão no posicionamento de implantes e reduz riscos; entenda.

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Brasil usa robô para cirurgia de coluna pela primeira vez em hospital público — Foto: Reprodução/EPTV

Pela primeira vez no Brasil, um hospital público fez uma cirurgia de coluna com a ajuda de um robô. O procedimento ocorreu no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP (HCFMRP-USP), na última sexta-feira (7).

A cirurgia, considerada um sucesso, foi realizada em um paciente de 66 anos com doença degenerativa lombar.

Segundo a equipe responsável pela operação, o robô Mazor traz benefícios principalmente ao paciente, mas também aos médicos. Veja alguns deles:

  • maior precisão no posicionamento de implantes na coluna, reduzindo riscos e tornando a cirurgia menos agressiva;
  • menor perda de sangue;
  • tempo da cirurgia reduzido até pela metade;
  • menos dor no pós-operatório;
  • tempo de recuperação mais rápido para o paciente;
  • exposição da equipe à radiação durante o procedimento é significativamente reduzida.
Pela primeira vez no Brasil, hospital público fez cirurgia de coluna com ajuda de robô, em Ribeirão Preto — Foto: Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP (HCFMRP-USP)
Pela primeira vez no Brasil, hospital público fez cirurgia de coluna com ajuda de robô, em Ribeirão Preto — Foto: Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP (HCFMRP-USP)
Como funciona?

O pré-operatório do paciente envolveu exames de imagem que permitiram programar com exatidão o posicionamento dos implantes que seriam colocados na coluna.

Já os médicos foram submetidos a um processo de capacitação para aprender a utilizar a tecnologia.

Durante o procedimento, o cirurgião foi guiado pelo robô para executar a colocação dos implantes com mais precisão. Para isso, um sistema de navegação disponibilizou ao médico uma visualização em tempo real.

O ortopedista Helton Defino destaca que a inovação proporciona, além do avanço no tratamento da população, uma série de conhecimentos científicos.

“É um grande salto não só tecnológico, mas também do atendimento à população. Paralelo a isso, muita pesquisa e muito ensino, porque aqui [no HC] é um centro de difusão de conhecimento.”

A expectativa do HC é de realizar duas cirurgias desse tipo por semana, sendo que a próxima está marcada para esta quinta-feira (13).

Esperança

Adão Pereira é o paciente beneficiado pela cirurgia e já recebeu ata médica. Ele lembra das fortes dores na coluna que sentia antes da cirurgia.

“Ia caminhar dois quarteirões, já subia a dor na coxa e alojava bem no meio, daí eu tinha que sentar. Sentava, a dor sumia, daí eu levantava de novo, continuava, mesma coisa. Se a mulher me mandasse eu cortar um bife, tinha que sentar, queima que nem fogo.”

Esperançoso para o fim das dores após o procedimento, ele ressalta a importância da tecnologia na saúde, mas não deixa de enfatizar os médicos que participaram da operação.

“Nossa, hoje em dia, está tudo modernizado. Andei perguntando para pessoas, dizem que o homem tem 96% [de chance de dar certo] e o robô, 94%. O homem foi mais importante, lógico que a colaboração do robô é o que está acontecendo no mundo inteiro, a modernização, mas o homem sempre ganha.”

Sr. Adão tem doença degenerativa lombar e foi operado com ajuda de robô, em Ribeirão Preto — Foto: Reprodução/EPTV
Sr. Adão tem doença degenerativa lombar e foi operado com ajuda de robô, em Ribeirão Preto — Foto: Reprodução/EPTV

FONTE: Por G1

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