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Rabdomiossarcoma: entenda o que é o tumor confundido com rinite

Esse é um tipo raro de câncer que se desenvolve nos músculos ligados aos ossos e é mais comum em crianças e adolescentes

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Menino de 13 anos morreu devido a um tipo de tumor raro cujos sintomas foram confundidos com rinite alérgica Carol Yepes/GettyImages

Um menino de 13 anos faleceu devido a um tipo de tumor raro e agressivo chamado “rabdomiossarcoma“. Segundo o jornal britânico The Sun, Jake Winscoe estava com “nariz entupido e olhos lacrimejantes”, sintomas comuns de doenças respiratórias, como resfriado, rinite e gripe. Porém, posteriormente, a criança foi diagnosticada com o tumor já em estágio 3.

O caso teve repercussão na mídia internacional. Em relato ao The Sun, Lynsey Winscoe, mãe de Jake, que vive em Wiltshire, na Inglaterra, contou que, inicialmente, os sintomas do filho eram leves, o que a fez pensar que se tratava de uma rinite alérgica. No entanto, quando o pai do jovem voltou do Exército após três semanas sem ver o filho, ele percebeu que a ponta do nariz do menino estava inchada, levantando suspeitas.

Após o diagnóstico, Jake passou a receber quimioterapia intensiva, seguida de terapia com feixe de prótons (um tipo de radioterapia mais preciso), o que reduziu o tamanho do tumor. Porém, em outro exame, foi descoberto que o câncer havia se espalhado para a medula espinhal e para o fluido ao redor do cérebro.

O que é rabdomiossarcoma?

De acordo com o A.C. Camargo Cancer Center, o rabdomiossarcoma é um tipo de tumor maligno que se desenvolve nos músculos ligados aos ossos e é mais comum em crianças e adolescentes.

O corpo é composto por três tipos de músculos: os esqueléticos (responsáveis por mover as partes dos corpos e ligados aos ossos), o cardíaco (que reveste o coração) e os músculos lisos (presentes nos órgãos internos). A musculatura esquelética se forma ainda no embrião, na sétima semana após a fertilização. É nesse momento que se formam os rabdomioblastos, células que dão origem aos músculos. Com o tempo, essas células podem se tornar malignas e dar origem ao rabdomiossarcoma.

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), a causa para o desenvolvimento do tumor ainda é desconhecida, mas pode estar associada a síndromes familiares, como a Síndrome de Li Fraumeni e a neurofibromatose, além de anormalidades congênitas que envolvem o sistema urinário e sistema nervoso central. O A.C. Camargo Cancer Center aponta, ainda, o histórico familiar de câncer como um possível fator de risco.

Quais são os sintomas?

Ainda de acordo com o Inca, os sintomas podem variar dependendo do local de origem do tumor. Porém, normalmente, inicia-se com a formação de uma massa indolor, com crescimento progressivo. Outros sinais e sintomas comuns são:

  • Proptose ocular (tumor orbitário, ou seja, nas pálpebras ou na órbita);
  • Obstrução nasal, podendo ocorrer secreção com sangue (tumor na nasofaringe/rinofaringe);
  • Obstrução do conduto auditivo médico, com eliminação de pólipos ou secreção de sangue (tumor no ouvido médio);
  • Dificuldade para urinar ou presença de sangue na urina (tumor na bexiga ou na próstata);
  • Aumento do volume da bolsa escrotal/testicular ou secreção vaginal com sangramento (tumor na bexiga).
Como são feitos o diagnóstico e o tratamento?

O diagnóstico do rabdomiossarcoma pode ser feito a partir da análise da história clínica e do exame físico completo. Podem ser realizados exames laboratoriais e de imagem para avaliar a extensão do tumor, além de entender se as células cancerígenas se espalharam para outras partes do corpo.

Entre os exames que podem ser solicitados, segundo o Inca, estão:

  • Tomografia computadorizada;
  • Ressonância magnética;
  • Cintilografia óssea;
  • PET-CT;
  • Punção lombar;
  • Mielograma;
  • Biópsia de medula óssea.

O tratamento do rabdomiossarcoma pode envolver quimioterapia, cirurgia e/ou radioterapia, dependendo da localização de origem do tumor. Ao longo do tratamento, são feitos mais testes para avaliar a resposta do câncer à terapia, além de detectar um possível retorno da doença. Segundo o Inca, 70% dos pacientes sobrevivem por cinco anos ou mais.

FONTE: Por CNN

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