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AM tem redução nos casos de Oropouche e entra em fase de estabilidade da doença, aponta FVS

Estado passou de cinco casos registrados para nenhum caso na primeira semana de agosto.

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Febre de Oropouche pode ser transmitida pela picada de maruim e pernilongo — Foto: Dive/Divulgação

Desde o fim de maio, o Amazonas tem apresentado uma redução nos casos de Febre do Oropouche, seguida por uma fase de estabilidade da doença. De acordo com a Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM), o estado passou de cinco casos registrados para nenhum caso na primeira semana de agosto.

Em 2023, o Amazonas viveu um surto da doença, que tem sintomas semelhantes aos da dengue. A Febre do Oropouche é transmitida principalmente por um mosquito conhecido popularmente como maruim ou meruim. O mosquito é 20 vezes menor que o Aedes aegypti. A arbovirose apresenta sintomas como dor de cabeça, muscular, nas articulações, entre outros.

Já de janeiro a 25 de julho deste ano, o Amazonas registrou 3.177 casos de Febre do Oropouche, por meio de critério laboratorial. Os dados da doença são divulgados mensalmente pela FVS-RCP, via informe epidemiológico.

“O enfrentamento da febre do Oropouche no Amazonas tem sido realizado de forma integrada. A ocorrência da doença na região amazônica segue sendo estudada por pesquisadores de todo o país. Enquanto isso, fomos destaques, em março e junho, no monitoramento em cenário nacional voltado para estratégias de vigilância e controle em todo o estado”, destacou a diretora-presidente da FVS, Tatyana Amorim.

Em resposta ao aumento dos casos e à necessidade de reforço na vigilância, o Governo do Amazonas, entregou, ainda em março, 20 veículos e 125 pulverizadores para apoiar o enfrentamento da febre do Oropouche e outras arboviroses, como dengue e malária, em municípios do interior do estado.

“Paralelamente, estamos intensificando o monitoramento de gestantes e recém-nascidos, visando um acompanhamento rigoroso para minimizar os riscos associados à infecção nesse grupo”, destacou a gerente de Doenças Transmissíveis no Departamento de Vigilância Epidemiológica, Lilian Furtado.

Ação contínua

Além do monitoramento contínuo e detalhado dos casos, a FVS tem promovido a capacitação de profissionais e a troca de experiências com outras regiões afetadas. Entre as iniciativas recentes, está a participação da FVS-RCP no 1º Simpósio sobre a Febre do Oropouche – Bahia 2024, onde foram compartilhadas experiências e estratégias de controle do Amazonas com outros estados.

A FVS também tem investido na capacitação de profissionais locais. Em abril de 2024, a Fundação sediou o curso “Biologia dos Arbovírus e Vetores da Febre do Oropouche”, em Manaus. Este treinamento ocorreu para aprimorar as habilidades dos profissionais da saúde pública, na identificação e controle eficaz da Febre do Oropouche.

Oropouche e prevenção

O Oropouche é uma doença causada por um arbovírus (vírus transmitido por artrópodes) do gênero Orthobunyavirus, da família Peribunyaviridae. A transmissão do Oropouche é feita principalmente pelo inseto conhecido como Culicoides paraensis (maruim). Depois de picar uma pessoa ou animal infectado, o vírus permanece no inseto por alguns dias. Quando o inseto pica uma pessoa saudável, pode transmitir o vírus.

Os sintomas são parecidos com os da dengue: dor de cabeça intensa, dor muscular, náusea e diarreia. Alguns pacientes apresentam irritação na pele espalhada pelo corpo. Devido à similaridade com outras arboviroses, principalmente dengue e chikungunya, o diagnóstico laboratorial é fundamental para o diagnóstico em conjunto com critérios clínico-epidemiológicos.

Não existe tratamento específico e os pacientes devem permanecer em repouso, com tratamento sintomático e acompanhamento médico. Em casos de sintomas suspeitos, a recomendação é procurar ajuda médica e informar sobre a exposição potencial à doença.

Para prevenção, a recomendação inclui evitar o contato com áreas de ocorrência e/ou minimizar a exposição às picadas dos vetores; usar roupas que cubram a maior parte do corpo; manter a limpeza de terrenos e de locais de criação de animais; recolhimento de folhas e frutos que caem no solo; e uso de telas de malha fina em portas e janelas.

FONTE: Por G1 AM

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