As equipes de resgate retiraram mais 42 corpos e resgataram mais 84 pessoas da mina de ouro de Stilfontein, ao longo de três dias de operações, segundo declaração da porta-voz da polícia, Athlenda Mathe, nesta quarta-feira (15).
Nas últimas 24 horas, quando as primeiras imagens da operação de salvamento foram registradas, o número, tanto de mortos quando de sobreviventes, dobrou: passou de 36 para 78 e de 82 para 166, respectivamente.
O resgate, feito através de uma grande gaiola, ocorre dias após a divulgação de um vídeo da situação dos homens presos chocar o mundo: as imagens gravadas por um dos mineiros mostram que eles estavam vivendo em meio a corpos em decomposição.
Não se sabe quantas pessoas ainda estão na mina de ouro, que tem quase dois quilômetros de profundidade, mas a polícia afirma que ainda pode haver várias centenas e que todos enfrentarão acusações de mineração ilegal e imigração.
Quando as imagens da situação dentro da mina foram divulgadas, organizações pró-mineiros afirmaram que havia mais de 100 mortos no local. Cartas enviadas à superfície na semana passada afirmavam que os alimentos enviados para baixo são insuficientes para alimentar todos.
A polícia começou a sitiar a mina em agosto e cortou o fornecimento de comida e água na tentativa de forçar os mineiros a subirem à superfície para que pudessem ser presos como parte da repressão à mineração ilegal.
O governo sul-africano disse que o cerco à mina Stilfontein foi necessário para combater a mineração ilegal, que o Ministro da Mineração, Gwede Mantashe, descreveu como “uma guerra contra a economia”. Ele estimou que o comércio ilícito de metais preciosos valeu 60 bilhões de rands (US$ 3,17 bilhões) no ano passado.
FONTE: Por G1