Início Brasil Veja quem são influenciadores alvos de operação contra jogo do tigrinho

Veja quem são influenciadores alvos de operação contra jogo do tigrinho

Operação cumpre 31 mandados de busca e investiga lavagem de dinheiro, fraude e ligações com o crime organizado; movimentações somam mais de R$ 4 bilhões

0
Polícia Civil do RJ cumpre 31 mandados de busca e apreensão contra 15 influenciadores suspeitos de promover jogos de azar • Reprodução/Redes Sociais

A Polícia Civil do Rio de Janeiro deflagrou nesta quinta-feira (7) uma operação contra influenciadores digitais suspeitos de promoverem plataformas ilegais de jogos de azar, como o popular “jogo do tigrinho”.

Ao todo, 31 mandados de busca foram expedidos contra 15 influenciadores, entre eles Mauricio Martins Junior, conhecido como Mau Mau ZK, preso em flagrante em São Paulo por porte de arma de uso restrito — uma pistola calibre 38 com numeração raspada, segundo os agentes. O influenciador tem 3,4 milhões de seguidores nas redes sociais.

Também são alvos da operação Anna Beatryz Ferracini Ribeiro, conhecida como Bia Miranda, que tem 5,1 milhões de seguidores. Jenifer Ferracini Vaz, a Jenny Miranda, que é mãe de Bia, também é alvo. Ela tem mais de 1 milhão de seguidores.

Samuel Sant Anna da Costa, o Gato Preto, que tem um filho com Bia Miranda, também é alvo da ação e tem cerca de 400 mil seguidores.

Já Rafael da Rocha Buarque, o Buarque, tem 2,8 milhões de seguidores e também é alvo. Ele também já teve um relacionamento com Bia Miranda, com quem também tem um filho.

Além deles, outros influenciadores alvos são:

  • Paola de Ataíde Rodrigues, a Paola Ataíde;
  • Tailane Garcia dos Santos Laurindo, a Tailane Garcia;
  • Paulina de Ataíde Rodrigues, a Paulina Ataíde;
  • Nayara Silva Mendes, a Nayala Duarte;
  • Lorrany Rafael Dias, a Lorrany Rafael;
  • Vanessa Vatusa Ferreira da Silva, a Vanessinha Freires;
  • Tailon Artiaga Ferreira Silva, o Mohammed MDM;
  • Ana Luiza Ferreira do Desterro Guerreiro, a Luiza Ferreira;
  • e Micael dos Santos de Morais, da Agência MS.

As investigações foram conduzidas pela DCOC-LD (Delegacia de Combate às Organizações Criminosas e à Lavagem de Dinheiro), em conjunto com o GRA (Gabinete de Recuperação de Ativos) e o Lab-LD (Laboratório de Tecnologia Contra Lavagem de Dinheiro). De acordo com os investigadores, os envolvidos usavam as redes sociais para atrair seguidores com promessas de “lucros fáceis” por meio de rifas ilegais e jogos de azar online — práticas proibidas no Brasil.

Segundo a Polícia, durante as apurações, foram identificados sinais de enriquecimento incompatível com os rendimentos declarados. Os investigados ostentavam estilos de vida luxuosos nas redes sociais, com viagens internacionaiscarros de alto padrão e imóveis de grande valor. Relatórios do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) apontam movimentações bancárias suspeitas que ultrapassam R$ 4 bilhões.

Além da divulgação dos jogos ilegais, os investigados são suspeitos de integrar uma organização criminosa com estrutura hierárquica e divisão de funções entre divulgadoresoperadores financeiros e empresas de fachada. A estrutura seria usada para ocultar a origem ilícita dos recursos, configurando lavagem de dinheiro.

De acordo com o delegado Renan Mello, da DCOC-LD, a operação marca o início de uma nova fase da investigação.

“A partir dessa operação, a gente vai ter a quebra do sigilo bancário e fiscal dos envolvidos, e o laboratório de lavagem de dinheiro vai fazer uma análise minuciosa dos dados fiscais e dos dados bancários dos investigados.”

Mesmo diante de investigações em curso, alguns alvos seguiram promovendo jogos de azar até a véspera da operação.

“Um dos alvos de hoje estava fazendo publicação de publicidade de jogo de azar ontem, na noite anterior à operação. Então, apesar dos registros formais nas delegacias, essa atividade, a sensação de impunidade era tamanha, que essa atividade estava visível aos olhos de qualquer pessoa.”, destacou o delegado.

A investigação continua em andamento, e novos desdobramentos não estão descartados. Segundo o delegado, alguns dos investigados já haviam sido alvos de operações anteriores, o que pode indicar reincidência e aprofundar os indícios de ligação com o crime organizado.

FONTE: Por CNN

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui