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Acusação de ‘profetas da desgraça’ gera troca de insultos entre deputados no Amazonas

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Wilker Barreto, Felipe Souza e Dermilson Chagas trocaram insultos (Fotos: Márcio Gleyson, Danilo Mello e ALE-AM/Divulgação)

Deputados da oposição e o líder do governo na Assembleia do Amazonas trocaram insultos na sessão de quinta-feira (7). Felipe Souza (Patriota) chamou os oposicionistas Wilker Barreto e Dermilson Chagas, ambos do Podemos,  de “profetas da desgraça” e os acusou de “fazer teatro todos os dias”.

Souza disse que Barreto é um “parlamentar sem projeto”. Chagas foi taxado de “leão na tribuna e gato angorá nos bastidores”. Os deputados de oposição estavam presentes no plenário, mas Felipe Souza participou da sessão de forma virtual.

Wilker Barreto e Dermilson Chagas rebateram o líder do governo e lembraram que Felipe Souza era de oposição e mudou de lado. Souza acusou os adversários de fazer teatro. “Só falam de coisa ruim. Só falam de desgraça. Só sabem jogar a população contra o governo e contra a Assembleia Legislativa. Não sabem fazer outra coisa. Parlamentares sem projeto, sem trabalho efetivo, só vêm propagar todo santo dia a desgraça nessa casa”, disse, exaltado.

Depois passou a acusar diretamente Barreto. “O que que tu tem (sic) de projeto deputado Wilker Barreto? Tem praticamente nada. Tu só faz todo dia gritar e falar de desgraça (sic)”.

Usando as prerrogativas de líder, Felipe convocou a bancada governista a fazer mais barulho. “Essa casa não pode ser pautada pelos profetas da desgraça. Chegou a hora de dar um basta, e nós, parlamentares que temos acompanhando as ações do governo, todo dia, verbalizar e apresentar na tribuna desta casa o que o governo tem feito de bom para a população”, conclamou.

O pronunciamento foi uma resposta do líder ao assunto tratado anteriormente por Wilker Barroso, que mostrou um vídeo com anúncio no site oficial do governo do Estado informando que o Hospital Delfhina Aziz, com novos projetos,  vai funcionar com 100% de sua capacidade pela primeira vez.

Wilker fez relação da notícia com a época de crise da pandemia de Covid-19, declarando que o Delphina Aziz estava atuando com capacidade máxima. Ele voltou a insistir que Felipe assine o pedido para instalação de nova CPI da Asfixia, que depende de apenas uma assinatura para ser instalada.

Novamente em tom exaltado, Felipe Souza respondeu que não assinaria a CPI para dar palanque à oposição. “Vossa excelência está perguntando por que eu não vou assinar [a CPI da Asfixia]. Eu assinei a CPI da Saúde. A oitava assinatura foi minha. Vossa excelência quer outra CPI para fazer teatro, para fazer palanque político, porque está sem discurso e a tua hora está chegando, daí o desespero bate”.

Em seguida, ao ser provocado por Dermilson Chagas por ter “mudado de lado e se tornado líder de um governo que combatia”, Felipe Souza respondeu que o parlamentar é um “leão na tribuna, mas um gatinho angorá nos bastidores”.

O deputado do Patriota lembrou que o oposicionista expediu parecer contrário na Comissão de Economia e Finanças em proposta de sua autoria acabando com os 10 servidores pagos com dinheiro público que todo ex-governador tinha direito. “Esse é o deputado Dermilson Chagas”, ironizou.

Chagas rebateu dizendo que o líder é “menino de recado” de Luis Fabian Pereira Barbosa, ex-secretário estadual de Educação, e cobrou sua presença no plenário.

“Assine a CPI. Pare de agredir as pessoas. Dê resultado para o povo. Justifique o salário que vossa senhoria ganha. Venha para o plenário, que fica mais decente, mais limpa, mais clara a conversa. Não fique recebendo mensagem do Fabian como menino de recado. Não faça isso”, pediu Chagas.

Interrompendo o discurso de Dermilson, o líder repetia: “pare de mentir, pare de ser mentiroso”, até ter seu microfone cortado pela presidência da Assembleia. Felipe encerrou a discussão usando comunicado de liderança, que não permite aparte de outros parlamentares, levando Wilker Barreto a prometer apresentar uma emenda ao Regimento Interno proibindo que liderança de governo faça uso desse expediente.

Foi o segundo dia seguido que a Assembleia registrou bate-boca entre parlamentares na última sessão da semana. Em razão do feriado de 12 de outubro, os deputados só voltam a reunir na próxima quarta-feira (13).

FONTE: Por AMAZONAS ATUAL

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