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Com risco de 3ª onda da Covid, Justiça do AM exige acordo para testagem em massa da população

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Enfermeiro realiza teste PCR em paciente. — Foto: Denis Balibouse/Reuters/Arquivo

Representantes do governo e Prefeitura de Manaus estão intimados a traçar estratégias, no dia 22 de abril, em conjunto com pesquisadores e especialistas.

Com o risco de uma 3ª onda da Covid, a Justiça do Amazonas determinou, nesta quarta-feira (7), que o governo estadual e a Prefeitura de Manaus entrem em acordo para realizar testagem em massa da população.

A juíza Etelvina Lobo Braga determinou que representantes do governo e da prefeitura sejam intimados a participar de uma audiência com pesquisadores e especialistas no assunto, no dia 22 de abril, para traçar estratégias.

Nesta semana, o governador Wilson Lima afirmou que o estado está se preparando o “pior cenário possível” e que é inegável que haverá um novo surto da doença.

O secretário de estado de Saúde, Marcellus Campêlo, foi ainda mais específico. Para ele, com base na dinâmica da Covid na Europa, é possível que a terceira onda comece no Amazonas em 60 dias.

Nenhuma das duas autoridades apresentou dados técnicos que comprovem as afirmações. A primeira onda da Covid no Amazonas aconteceu entre abril e maio de 2020, e a segunda onda foi entre janeiro e fevereiro deste ano.

Até esta terça-feira (6), mais de 12,1 mil pessoas morreram com Covid no Amazonas.

Na decisão, a Justiça acatou parcialmente o pedido da Defensoria Pública para que as autoridades locais definam detalhes da testagem em massa da população.

“Isso com base nos alertas dos pesquisadores e dos técnicos que estão acompanhando a pandemia. Inclusive do próprio governador do estado, que vem alertando a população de que isso possa ocorrer”, disse.

Para o pesquisador Pedro Hall, testar a população é um recurso importante para determinar políticas públicas voltadas ao combate à Covid.

“Testagem não é importante pra gente contar casos. A testagem é importante pra gente identificar precocemente os casos e evitar que essas pessoas transmitam a doença”, explicou.

Nesta terça, o diretor-presidente da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS-AM), Cristiano Fernandes, destacou que o governo tem feito testagem na rede pública e que pode adotar outras estratégias caso necessário.

“Nós temos testado, semanalmente, cerca de 25 mil pessoas em todo o estado. Novas tecnologias, novas estratégias, obviamente serão adotadas, de acordo com o perfil epidemiológico que nós temos enfrentado, temos percebido no estado”, disse.

Segundo dados da FVS, em janeiro deste ano, o Amazonas realizava uma média de 1.500 testes RT-PCR por dia. Em 26 de fevereiro, foram realizados 1.162 testes RT-PCR. Nos últimos dias de março, foram cerca de 100 a 400 testes diários.

FONTE: Fábio Melo, Rede Amazônica

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