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Turistas flagrados em festa dentro de barco de luxo no AM visitaram quatro comunidades indígenas

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Embarcação de luxo foi palco de festival no rio Amazonas, com roteiros culturais e festas. — Foto: Divulgação/Polícia Civil

Passeios estão suspensos em todo o estado desde janeiro, quando começou a segunda onda de Covid-19.

Os turistas flagrados em um festival dentro de um barco de luxo no Amazonas visitaram quatro comunidades indígenas, segundo a Polícia Civil do Estado. O grupo tinha mais de 60 pessoas, entre estrangeiros e brasileiros de outros estados.

A embarcação foi flagrada pela polícia na terça-feira (6), após diversas denúncias sobre o evento nas redes sociais. Os passeios, inclusive, estão suspensos em todo o estado, após o início da segunda onda de Covid-19. No Amazonas, o número de infectados pela doença já ultrapassa os 357 mil. Os mortos somam quase 13 mil.

As investigações também mostram que cerca de 300 indígenas vivem nas comunidades que foram visitadas. Em uma delas, foi realizada uma festa dentro de uma oca. Os turistas dançaram com os índios, ficaram aglomerados e não adotaram nenhum tipo de proteção contra o coronavírus.

“Eles se pintavam, imitavam os índios. Uma situação deplorável num período em que o mundo inteiro está atônito com o que estamos passando. […] É um comportamento no mínimo irresponsável. Pra não dizer criminoso”, disse a delegada geral do Amazonas, Emília Ferraz.

À Polícia, os turistas alegaram que achavam que o passeio tinha autorização e que, para participar, fizeram testes RT-PCR provando que não estavam com Covid. Os organizadores também se manifestaram sobre o caso e disseram que toda a equipe de apoio adotou protocolos de segurança, como, o uso de máscaras, higienização e esterelização.

O texto diz ainda que “não houve organização de festas clandestinas ou aglomerações na floresta, muito menos ameaça às populações ribeirinhas, nem a comunidades indígenas”.

A Rede Amazônica chegou a questionar o Governo do Amazonas sobre as viagens do grupo às tribos. Em nota, o Estado disse que ninguém tem autorização para visitar as aldeias neste momento. A Polícia investiga se alguém recebeu dinheiro para liberar o passeio.

Ainda segundo a PC, os turistas e organizadores podem responder infringir determinação do poder público, destinada a impedir a introdução ou propagação de doença contagiosa.

FONTE: Alexandre Hisayasu, Rede Amazônica

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