Nem todos os habilitados para o benefício do Vale-Gás estão recebendo o valor.
Com o aumento no preço do gás, muitas pessoas precisam recorrer ao uso da lenha para conseguir cozinhar. O que poderia mudar esse cenário é o Vale-Gás, mas nem todos os habilitados para o benefício estão recebendo o valor.
A dona de casa Yolanda Silvia Costa de Lyra mora em uma palafita, no Beco Ana Nogueira, em Manaus, com duas filhas e um neto. Colocar comida na panela está cada vez mais difícil, principalmente agora em que há dias em que é preciso escolher entre comprar o gás ou o alimento.
Para conseguir comprar a botija de gás, que agora custa em média R$ 125 na capital amazonense, ela tem recorrido às latinhas de alumínio.
“Eu junto latinha, aí eu vendo e compro arroz, feijão, macarrão”.
Em Humaitá, os moradores já estão trocando o fogão a gás pela lenha. É o que faz a dona de casa Lídia de Lima para tentar economizar. Na cidade, a botija de 13 kg está custando em média R$ 145 – cerca de R$ 10 mais caro que a semana passada.
“Aí eu tenho que fazer um arroz, aí no fogão a lenha, feijão e a carne, porque no fogão a gás eu só faço café de manhã”.
Quem recebe o Auxílio Brasil também está habilitado a receber o vale-gás, que equivale a 50% do valor da botija.
O Senado aprovou o Auxílio Gás como um benefício que deve ser pago às famílias e não de forma individual. Por isso, o texto prevê que mulheres chefes de família terão prioridade para receber o benefício.
Mas nem todos os beneficiários de programas federais estão recebendo o valor. No caso da dona Yolanda, a única renda fixa da família vem do Auxílio Brasil, que a filha Thalia Costa de Lyra, de 23 anos, recebe, no valor de R$ 400.
Sobre as beneficiárias de programas federais que não estão recebendo o auxílio gás, a reportagem procurou a Secretaria Municipal da Mulher, da Assistência Social e da Cidadania (Semasc), mas não houve resposta.
FONTE: Por G