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“Corpos extraterrestres” apresentados no Congresso mexicano são chamados de “golpe”

Ministra da Cultura disse que vai investigar o caso e acredita que supostos ETs são, na verdade, ósseos de pré-hispânicos

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Supostos corpos de extraterrestres foram exibidos no Congresso do México, na terça-feira (12 de setembro), em audiência realizada por deputados para debater fenômenos extraterrestres. As supostas criaturas teriam mais de 1000 anos e cerca de 60 centímetros cada. Não há, no entanto, estudos conclusivos sobre os restos mortais Crédito: Reprodução/Câmara de Deputados do México

Uma audiência sobre OVNIs no Congresso do México, que contou com a apresentação de supostos restos mortais de seres não-humanos, enfrentou rápida reação internacional na quinta-feira (14), com críticos a rotulando como um “golpe” e perguntas feitas por autoridades do Peru, onde os espécimes aparentes surgiram pela primeira vez.

O jornalista mexicano e entusiasta de OVNIs de longa data Jaime Maussan mostrou aos políticos, na audiência de terça-feira (12), dois pequenos “corpos” exibidos em caixas, com três dedos em cada mão e cabeças alongadas. Ele alegou que eles teriam sido encontrados no Peru em 2017 e não estavam relacionados a nenhuma vida na Terra.

As imagens da audiência no Congresso, a primeira do tipo no México, despertaram curiosidade internacional, assim como um escárnio substancial.

O ex-piloto da Marinha dos EUA Ryan Graves, que também compareceu à audiência para compartilhar sua experiência pessoal com avistamentos de “fenômenos anômalos não identificados” — ou UAP, na sigla em inglês — criticou a apresentação.

“A apresentação de ontem foi um grande retrocesso nesta questão”, disse Graves na plataforma de mídia social X, anteriormente conhecida como Twitter. “Estou profundamente desapontado com este golpe sem fundamento.”

Graves participou de audiências no Congresso dos EUA sobre OVNIs em julho, quando disse que os avistamentos de fenômenos inexplicáveis no espaço aéreo eram “grosseiramente subnotificados”.

Maussan disse na apresentação que os espécimes foram recuperados perto das antigas Linhas de Nazca, no Peru, e foram datados por carbono pela Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM), que concluiu que eles tinham cerca de 1.000 anos. Ele alegou que eles não estavam relacionados a nenhuma espécie da Terra.

Descobertas semelhantes no passado revelaram-se posteriormente restos mortais de crianças mumificadas.

A ministra da Cultura do Peru, Leslie Urteaga, disse que nenhuma instituição científica no país sul-americano identificou os restos mortais como não-humanos e questionou como os espécimes deixaram o Peru.

“Há uma queixa criminal do Ministério da Cultura contra algumas pessoas que tiveram um relacionamento com estes senhores”, disse Urteaga aos jornalistas na noite de quarta-feira (13), referindo-se a Maussan e seus associados.

“Vou pedir informações para ver o que aconteceu, sobre a remoção de objetos pré-hispânicos, porque entendo que fazem parte de restos ósseos pré-hispânicos”, acrescentou.

Maussan não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.

A UNAM, num comunicado republicado quarta-feira e emitido pela primeira vez em 2017, disse que o trabalho do seu Laboratório Nacional de Espectrometria de Massa com Aceleradores (Lema) se destinava apenas a determinar a idade das amostras.

A UNAM recusou um pedido da Reuters para ver os resultados completos do estudo ou entrevistar os pesquisadores que participaram. A universidade também se recusou a dizer a idade que seu estudo concluiu que as amostras tinham.

FONTE: Por CNN

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