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Caso Grande Vitória: PM acusado de envolvimento na morte de jovens morre dois meses antes de julgamento em Manaus

PM foi encontrado morto no Comando Geral. Ele seria julgado com mais oito policiais durante o júri popular em janeiro de 2024.

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Tenente Luiz da Silva Ramos morreu no Comando-Geral. — Foto: Redes Sociais

O tenente Luiz da Silva Ramos – um dos policiais militares acusado de matar três pessoas em 2016, no bairro Grande Vitória – foi encontrado morto nas dependências do Comando Geral da Polícia Militar do Amazonas, na manhã desta terça-feira (21). O PM seria julgado com mais oito policiais durante o júri popular marcado para janeiro de 2024.

De acordo com informações obtidas pelo g1, a suspeita é que o homem tenha tirado a vida quando chegou ao Comando Geral, para trabalhar.

A Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM) confirmou que ele Luiz foi encontrado morto no local.

Apesar de estar sendo alvo de um processo, o tenente respondia em liberdade e continuava trabalhando na Polícia Militar no setor administrativo. Caso fosse condenado, ele seria exonerado.

Luiz seria julgado durante o júri popular, junto com mais oito policiais militares, no dia 6 de novembro. No entanto, o julgamento foi adiado a pedido do Ministério Público do Estado do Amazonas (MPE-AM).

Além disso, também houve pedido de adiamento por parte da advogada de defesa de um dos réus. Com isso, o julgamento irá acontecer em 29 de janeiro de 2024.

‘Caso Grande Vitória’
Weverton Marinho, de 21 anos, e Rita de Cássia são dois dos três desaparecidos na madrugada de sábado (29) — Foto: Arquivo Pessoal
Weverton Marinho, de 21 anos, e Rita de Cássia são dois dos três desaparecidos na madrugada de sábado (29) — Foto: Arquivo Pessoal

Alex Júlio Roque de Melo, de 25 anos, Ewerton Marinho, 20, e Rita de Cássia, 19, desapareceram no dia 29 de outubro de 2016, após serem abordados por policiais militares no Grande Vitória, enquanto voltavam de uma festa.

Imagens de câmeras de vigilância da área registraram o momento em que os policiais mandaram o trio entrar no carro da PM. Desde então, os jovens nunca mais foram vistos.

À época, o g1 ouviu a cunhada de Rita, que não quis se identificar. Ela contou que a jovem voltava de um pagode no São José de carona com os dois rapazes desaparecidos.

Weverton pilotava a moto quando houve a abordagem. Segundo a esposa dele, Andresa Andrade, de 19 anos, o marido estava desempregado há pouco tempo. Ele trabalhava como frentista e comprou o veículo com o FGTS. “De vez em quando, fazia corridas, e deu carona para os dois”, relatou a esposa.

No dia do desaparecimento, moradores do bairro fizeram grande manifestação e entraram em confronto com a polícia. Eles chegaram a atear fogo em pedaços de madeira e incendiaram um veículo. A PM precisou conter os manifestantes com balas de borracha.

Em dezembro de 2016, a Polícia Civil do Amazonas concluiu o inquérito e, após encontrar material genético das vítimas, apontou que o trio foi morto, e confirmou o envolvimento dos policiais no caso.

Sete anos após o crime, os corpos das vítimas não foram encontrados.

FONTE: Por G1 AM

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