Às vésperas de sua prisão preventiva, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ouviu de aliados próximos e do filho, senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), a avaliação de que era preciso decidir “rápido” sobre as escolhas políticas para 2026.
O recado veio ainda com um alerta de que a costura nacional por um nome à Presidência da República deve incidir sobre os palanques estaduais. A informação foi relatada à CNN por fontes que presenciaram as conversas.
A interpretação é de que Bolsonaro deve decidir, em acordo com um restrito núcleo de confiança, quem será seu sucessor no próximo ano. A aliados, Bolsonaro tem dito que só decidirá sobre o assunto mais adiante, provavelmente em fevereiro.
Ao ser indagado sobre o assunto, o ex-presidente tem defendido aos seus interlocutores que a escolha de um nome, com muita antecedência da disputa, poderia diminuir seu próprio capital político.
Entre os nomes de confiança de Bolsonaro, mesmo no PL, avaliação é de que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) será o candidato de Bolsonaro. A vice na chapa seria destinada a algum familiar.
Nesse cenário, tem crescido as chances de uma dobradinha entre Tarcísio e Michelle, ex-primeira-dama. Michelle costuma ser mais citada como candidato ao Senado pelo Distrito Federal, mas estaria disposta a entrar numa chapa nacional.
Antes da prisão, Bolsonaro vinha relatando dificuldades para dormir, mas se mantinha tranquilo, sem sinais de desequilíbrio.
O vídeo em que ele admite ter tentado violar a tornozeleira eletrônica surpreendeu o entorno do ex-presidente.
Bolsonaro costumava reclamar que a tornozeleira era “humilhante” e um ato de “covardia” contra ele, mas jamais sinalizou alguma medida extrema, como a quebra do equipamento. Dos aliados, ouviu que era preciso enfrentar a prisão.
FONTE: Por CNN
