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Fausto Jr. revela como ocorreram fraudes na Saúde Pública do AM em entrevista exclusiva à Jovem Pan

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FOTO: Reprodução

O deputado Fausto Jr. participou na segunda-feira, 12, do programa Jornal da Manhã, da rádio Jovem Pan, onde falou para todo Brasil sobre as investigações da CPI da Saúde na Assembleia Legislativa do Amazonas. O parlamentar foi o relator da Comissão que descobriu irregularidades na Saúde Pública do Estado.

Fausto disse que quando as investigações começaram, em março do ano passado, a situação da Saúde Pública era um caos. “Os médicos estavam há seis meses sem receber salários. Faltavam medicamentos e leitos. Os hospitais viviam lotados”, explicou.

O deputado destacou que a CPI analisou contratos da Secretaria de Saúde do Amazonas (antiga Susam) entre os anos de 2011 a 2020, passando pela gestão do ex-governador Omar Aziz até chegar ao governo de Wilson Lima.

“Foram mais de dez mil páginas de documentos analisadas pelos membros da Comissão, que descobriram como funcionavam os esquemas de corrupção dentro da secretaria de Saúde”, acrescentou Fausto.

A comissão descobriu o pagamento de mais de R$ 1,5 bilhão em contratos indenizatórios pagos pela Susam. Dinheiro que poderia ser usado na melhoria do serviço público de Saúde, no entanto foi detectado possíveis indícios de corrupção ao longo de anos.

“Os pagamentos indenizatórios são uma porta aberta para a corrupção”, afirmou o parlamentar.

Fausto explicou aos ouvintes da Jovem Pan como ocorreu a compra superfaturada de 28 respiradores hospitalares numa loja de vinhos. “Graças à investigação, desvendamos a fraude na compra dos respiradores, cujos aparelhos superfaturados não salvaram uma vida sequer no Amazonas”, relembrou.

A CPI apontou também os nomes de 159 empresas envolvidas em irregularidades no fornecimento de produtos e serviços à Saúde do Amazonas. O relatório final da Comissão pediu o indiciamento de 50 pessoas acusadas de favorecer fraudes na Susam.

Das 50 pessoas apontadas no relatório, 14 foram presas pela Polícia Federal, que usou as informações da CPI da Saúde para deflagrar a Operação Sangria.

“Fui relator da CPI da Saúde e sei como foi difícil executar a investigação. Fizemos um grande trabalho que entrou para a história do nosso Estado”, completou Fausto.

FONTE: DIRETO AO PONTO

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