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Omar afirma que relatório da CPI será aprovado independente de voto contrário de Braga

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Omar Aziz disse que votará relatório da forma que for apresentado por Renan (Foto: Reprodução Twitter)

O presidente da CPI da Covid, Omar Aziz (PSD), afirmou que a comissão aprovará o relatório elaborado por Renan Calheiros (MDB) independente de como esteja. Aziz, que tem o voto de minerva, disse que votará a favor do documento em caso de empate por possível voto contrário de Eduardo Braga (MDB).

A votação do relatório final da comissão está previsto para esta terça-feira (26), inicialmente, pelos dez membros titulares, dos quais seis formam um grupo de senadores independentes e de oposição ao governo – Aziz é presidente e 11° membro titular da comissão, mas só vota em caso de empate. Com possível voto contrário de Braga, a eleição ficaria em 5 a 5. Aziz entraria para desempatar.

Braga quer que o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), seu potencial adversário na eleição de 2022 ao governo estadual, seja incluído como indiciado no relatório final da comissão. O senador do MDB apresentou um adendo ao relatório no qual responsabiliza Lima pelo colapso no sistema de Saúde, com a crise de oxigênio e falta de leitos, em janeiro deste ano.

Ao ATUAL, Aziz questionou o pedido de indiciamento de um governador que já é réu. Ele se referiu à ação penal movida pela PGR (Procuradoria-Geral da República) contra Lima no STJ (Superior Tribunal de Justiça) sobre o caso dos respiradores superfaturados na qual o governador do Amazonas se tornou réu em setembro deste ano.

“O que vier no relatório do Renan eu voto a favor. O Eduardo (Braga) está pedindo (a inclusão de Wilson Lima). Se for incluído… Eu só acho que o governador já é réu. Tu vai indiciar o cara que é réu no mesmo caso?”, disse Aziz, ao afirmar que ainda não teve acesso ao adendo de Braga e às alterações propostas por Renan.

De acordo com Aziz, os senadores da comissão irão discutir na noite desta segunda-feira sobre a inclusão de outros nomes, entre eles o de Regina Célia Oliveira, fiscal do contrato da Covaxin, e do coronel Hélcio Bruno de Almeida que, segundo Aziz, “é dono de um site que propagou muita fake news e depois quiser até vender vacina para o governo”.

“Vamos discutir, hoje à noite, na minha residência em Brasília, um apartamento funcional onde eu moro. Vamos discutir ponto a ponto quem, por que e se devemos incluir esses nomes ou não que o senador Randolfe está sugerindo. Tem alguns nomes que eu acho que é pacífico, não tem como não ter”, disse Aziz.

Em entrevista à Rádio CBN nesta segunda-feira (25), ao ser questionado se era a favor da inclusão do governador Wilson Lima e sobre a possibilidade de Eduardo Braga votar contra o relatório, Aziz disse que iria acatar tudo o que for proposto por Calheiros e que acreditava que Braga não deixaria de votar um relatório “tão consistente”.

“Em relação ao Estado do Amazonas, eu já disse ao Renan. Aquilo que ele quiser acatar, eu votarei a favor. Agora, independente de qualquer coisa nós vamos aprovar o relatório amanhã. Não creio que o Eduardo Braga vai deixar de votar um relatório tão consistente. Mas, em relação ao governador, não”, disse Aziz.

Ao avalizar a liberdade de Renan para incluir governadores, o presidente da CPI voltou a lembrar que o STF (Supremo Tribunal Federal) proibiu os chefes do Executivo estadual de depor na CPI. “Se quiser colocar outros governadores. Aqueles que nós convocamos para ir depor”, afirmou Omar.

“Todos tem alguma razão por ter sido convocados na época e não foram porque o Supremo Tribunal Federal decidiu que governador não deveria ir. Então, é uma questão que eu, o que tiver lá e se precisar do meu voto, porque o colegiado é 11 votos, eu só voto se empatar 5 a 5, e eu vou votar com o relatório do senador Renan Calheiros”, finalizou Aziz.

Omar Aziz

Nasceu em Garça (SP), foi vice-prefeito de Manaus entre 1997 e 2001. Formado em Engenharia Civil pela Universidade Federal do Amazonas, também foi vice-governador do Amazonas entre 2003 e 2010, quando se tornou governador, e foi reeleito em 2010. No PSD, conquistou uma cadeira no Senado pelo Amazonas em 2014.

Eduardo Braga

Nasceu em Belém (PA), formou-se em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal do Amazonas. Foi vereador de Manaus, deputado estadual, vice-prefeito e prefeito de Manaus; elegeu-se governador do Amazonas em 2002 e se reelegeu em 2006. Em 2010 foi eleito senador pelo Amazonas e ocupou o cargo de ministro de Minas e Energia no governo de Dilma Rousseff, entre 2014 e 2016. Foi reeleito senador em 2018 pelo MDB.

FONTE: Por AMAZONAS ATUAL

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