Governador disse que subida está acelerada, e todos os municípios podem ser atingidos no ano que vem.
O governador Wilson Lima disse nesta segunda-feira (27) que, se o ritmo de subida dos rios continuar acelerado, existe a possibilidade de que todos os municípios sejam afetados pela cheia de 2022.
Em coletiva de imprensa, Lima disse que, de nove calhas do estado, a única que não apresenta níveis elevados é do Rio Madeira, e que os efeitos da cheia do estado já devem começar aparecer no final de janeiro.
“Se continuar nesse ritmo de subida dos rios, a previsão é que no ano de 2022 todos os municípios sejam afetados pela cheia. 100% do estado será atingido”, disse.
Nesta segunda, o governo reuniu diversos órgãos para debater o assunto. A expectativa é meio milhão de pessoas sejam afetadas, por isso a urgência em propor um plano.
“Estamos fazendo uma ordem de investimento de R$ 100 mil e isso inclui ajuda humanitária, montagem de estruturas flutuantes, como hospitais e delegacias, abastecimento de água potável, crédito através da Afeam, ações na área de do setor primário, dentre outras ações”.
O governador também disse que chegou a visitar algumas calhas de rios e verificou o problema.
“Estamos registrando um movimento atípico nas calhas de rios, com exceção ao Rio Madeira. Estive recentemente nas calhas do Japurá e Purus e constatei, junto às prefeituras e técnicos, essa subida, e estamos mobilizando toda a nossa estrutura junto aos secretários, estamos nos reunindo para debater ações integradas de socorro a esses municípios e família que serão atingidas”.
Lima atribuiu o problema das cheias ao fenômeno La Nina, o mesmo que, segundo ele, vem causando inundações na Bahia. Ele também alertou que por causa disso, Manaus deve ter uma nova cheia histórica.
“Aqui em Manaus, o Rio Negro já está subindo além da cota e se continuar assim, a previsão é de que aquela área do centro inunde antes do dia 15 de junho”, finalizou.
FONTE: Por G1 AM