Início Brasil Entenda o caso sobre a suspeita de estupro envolvendo o empresário Airton...

Entenda o caso sobre a suspeita de estupro envolvendo o empresário Airton Cascavel em SC

0
Ex-assessor do Ministério da Saúde, Airton Antonio Soligo — Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

O ex-assessor do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello foi indiciado pela Polícia Civil de Santa Catarina pela suspeita de estuprar uma jovem de 18 anos.

O empresário e ex-assessor do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, Airton Antonio Soligo, conhecido como Airton Cascavel, foi indiciado pela Polícia Civil de Santa Catarina pela suspeita de estuprar uma jovem de 18 anos. O crime teria ocorrido em 2017, em Joinville, no Norte catarinense.

Ele chegou a ser preso no dia 8 de fevereiro e Justiça aceitou o habeas corpus da defesa do empresário após três dias.

Em nota enviada em 11 de fevereiro, a defesa de Cascavel afirmou que a prisão era “absurda e ilegal” e há indícios de que a acusação foi forjada para difamar “a imagem do Airton e retirá-lo do cenário político nacional”. Nesta segunda-feira (21), o g1 não conseguiu contato com os advogados.

Onde o crime teria ocorrido?

Segundo Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso (Dpcami), o crime teria sido praticado na casa da mãe do investigado em Joinville, no Norte catarinense, em 2017. A vítima trabalhava como cuidadora da idosa.

A denúncia contra o suspeito foi feita a partir de uma ligação realizada pelo telefone 181.

Quem seria a vítima?

A vítima seria uma jovem de 18 anos, que trabalhava cuidando da mãe do empresário.

Quem é Airton Cascavel?

Cascavel tem curso de nível superior em direito e sofre de hepatite B, segundo informou a defesa à Justiça.

O empresário, de 57 anos, ganhou projeção nacional após ser ouvido pela CPI da Covid no Senado sobre sua atuação no Ministério da Saúde como assessor do ex-ministro Eduardo Pazuello.

O empresário também foi apontado como “número 2 informal” na gestão. Após a sua passagem pelo ministério, ele assumiu o cargo de secretário da Saúde de Roraima, mas ficou no posto por pouco mais de dois meses.

O empresário foi preso?

Cascavel foi preso em 8 de fevereiro de 2022 em Boa Vista, Roraima, na investigação que apurava o crime de estupro. O empresário estava em Boa Vista e transitava de carro no centro quando foi abordado pelos agentes do estado catarinense. Ele foi informado do mandado e não ofereceu resistência. Depois, foi levado ao Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente da Polícia Civil de Roraima, onde foram realizados os trâmites do caso.

O mandado de prisão foi expedido pela 1ª Vara Criminal de Justiça de Santa Catarina e foi homologado em 9 de fevereiro pela Justiça de Roraima em audiência realizada no Fórum Criminal de Boa Vista. Depois disso, o tramitação do caso, até então pública, foi colocada em sigilo.

Inicialmente, Soligo havia sido levado para a Penitenciária Agrícola de Monte Cristo. A penitenciária é maior unidade prisional de Roraima e abriga a maioria dos homens presos no estado. Monte Cristo ficou nacionalmente conhecida por ter sido palco do massacre violento de 33 presos e por ser comandada por facções criminosas em 2018.

No entanto, a Justiça aceitou o pedido da defesa dele por uma cela especial. Por conta disso, ele foi encaminhado para o Comando de Policiamento da Capital, em Boa Vista.

Em 11 de fevereiro, ele foi solto após um decisão da Justiça.

Airton Antonio Soligo, o Airton Cascavel, vestido com o uniforme laranja que é usado por todos os internos que estão na Penitenciária de Monte Cristo — Foto: Arquivo pessoal
Airton Antonio Soligo, o Airton Cascavel, vestido com o uniforme laranja que é usado por todos os internos que estão na Penitenciária de Monte Cristo — Foto: Arquivo pessoal
Como está o caso na Justiça?

A Polícia Civil de Joinville informou na noite do dia 20 de fevereiro que o homem foi indiciado pelo crime de estupro.

O caso foi remetido ao Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) na sexta-feira (18) e está em análise. De acordo com a lei, o prazo para oferecimento de denúncia é de 15 dias, contados da data em que se recebeu o inquérito policial, mas o órgão pode requisitar a realização de outras diligências, o que vai depender da avaliação do Promotor de Justiça.

Outra denúncia

Cascavel já é réu em um processo por suspeita de estuprar uma criança da própria família. Ao aceitar a denúncia do Ministério Público, em setembro de 2021, o juiz responsável pelo caso imputou ao empresário as acusações de estupro contra vulnerável, com o aumento da pena em razão do acusado ser parente da vítima. O caso também está em segredo de Justiça.

FONTE: Por G1

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui