Em publicação no Twitter, Volodymyr Zelensky disse que este é “um momento crucial para encerrar a discussão de uma vez por todas”
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse que agora é um “momento crucial” para decidir sobre a adesão de seu país à União Europeia. Ele fez essa afirmação em um tweet publicado neste sábado (26).
“É um momento crucial para encerrar a discussão de longa data de uma vez por todas e decidir sobre a adesão da Ucrânia à #UE. Discutimos com @eucopresidente mais assistência efetiva e a luta heróica dos ucranianos por seu futuro livre”, um tweet em seu página verificada no Twitter disse.
A batalha pelo controle de Kiev, capital da Ucrânia, se intensificou ao longo deste sábado (26). Os combates se espalham pelas ruas, e explosões e tiros foram ouvidos durante a madrugada, enquanto as tropas russas avançavam sobre a cidade.
De acordo o prefeito da capital Kiev, Vitaliy Klitschko, um prédio residencial de mais de 20 andares foi atingido por um míssil. As equipes de emergência se dirigiram ao local. Não há informações de vítimas .
Equipes da CNN norte-americana na capital ucraniana relataram fortes explosões a oeste e sul de Kiev na manhã deste sábado. O céu, ainda escuro, iluminou-se com uma série de clarões no horizonte.
De acordo com o governo ucraniano, um tanque e aeronaves do exército russo foram destruídas no combate desta madrugada. O Estado-maior das forças armadas informou que havia também ataques em outras cidades.
Apesar dos combates, um assessor presidencial ucraniano disse que situação estava “sob controle” nos subúrbios e arredores de Kiev.
O Ministério da Defesa da Rússia disse que lançou ataques com mísseis de cruzeiro durante a noite contra alvos na Ucrânia – mas afirmou que visava exclusivamente a infraestrutura militar.
A declaração do ministério russo também afirmou que unidades das forças armadas russas assumiram o controle da cidade de Melitopol, no sudeste da Ucrânia.
Na sexta-feira (25), o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, procurou tranquilizar a comunidade internacional ao sobre ataque a civis. “Ninguém vai atacar o povo da Ucrânia”, disse ele durante uma acalorada conferência de imprensa, dizendo à CNN que “não houve ataques à infraestrutura civil”.
Vídeos, fotos e imagens de satélite analisadas e geolocalizadas pela CNN confirmam que em várias ocasiões áreas densamente povoadas na Ucrânia foram atingidas pelas forças russas. A CNN Internacional entrou em contato com o governo russo para comentar e aguarda retorno.
Entenda o conflito
Após meses de escalada militar e intemperança na fronteira com a Ucrânia, a Rússia atacou o país do Leste Europeu. No amanhecer desta quinta-feira (24), as forças russas começaram a bombardear diversas regiões do país – acompanhe a repercussão ao vivo na CNN.
Horas mais cedo, o presidente russo, Vladimir Putin, autorizou uma “operação militar especial” na região de Donbas (ao Leste da Ucrânia, onde estão as regiões separatistas de Luhansk e Donetsk, as quais ele reconheceu independência).
O que se viu nas horas a seguir, porém, foi um ataque a quase todo o território ucraniano, com explosões em várias cidades, incluindo a capital Kiev.
De acordo com autoridades ucranianas, dezenas de mortes foram confirmadas nos exércitos dos dois países.
Em seu pronunciamento antes do ataque, Putin justificou a ação ao afirmar que a Rússia não poderia “tolerar ameaças da Ucrânia”. Putin recomendou aos soldados ucranianos que “larguem suas armas e voltem para casa”. O líder russo afirmou ainda que não aceitará nenhum tipo de interferência estrangeira.
Esse ataque ao ex-vizinho soviético ameaça desestabilizar a Europa e envolver os Estados Unidos.
A Rússia vem reforçando seu controle militar em torno da Ucrânia desde o ano passado, acumulando dezenas de milhares de tropas, equipamentos e artilharia nas portas do país.
Nas últimas semanas, os esforços diplomáticos para acalmar as tensões não tiveram êxito.
A escalada no conflito de anos entre a Rússia e a Ucrânia desencadeou a maior crise de segurança no continente desde a Guerra Fria, levantando o espectro de um confronto perigoso entre as potências ocidentais e Moscou.
FONTE: Por CNN