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Chefe de política da ONU diz que ofensiva russa a usinas nucleares contraria lei internacional

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Chefe de assuntos políticos da ONU, Rosemary DiCarlo Paulo Filgueiras/ONU

Rosemary DiCarlo discursou em reunião emergencial do Conselho de Segurança, após confrontos na região da usina de Zaporizhzhia

A chefe de assuntos políticos da ONU, Rosemary DiCarlo, disse nesta sexta-feira (4) ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) que as operações militares em torno de instalações nucleares contrariam a legislação internacional.

“Os ataques a instalações de energia nuclear são contrários ao direito internacional humanitário… Todo esforço deve ser feito para evitar um incidente nuclear catastrófico”, afirmou.

DiCarlo declarou ainda que os confrontos nos arredores da usina e de outras infraestruturas civis críticas são “inaceitáveis” e “altamente irresponsáveis”.

A porta-voz citou o Artigo 6 da Convenção de Genebra que estabelece que “trabalho de instalações em lugares perigosos, inclusive de instalações nucleares, não deve estar sob ataque”.

As declarações foram dadas em uma reunião de emergência do Conselho de Segurança, após confrontos entre as tropas russas e ucranianas próximos à área da maior usina nuclear da Europa, na cidade de Enerhodar, na quinta-feira (3).

Os confrontos causaram um incêndio de grandes proporções, que foi controlado sem atingir a usina propriamente dita, mas sim um prédio no centro de treinamentos.

Em seu discurso, DiCarlo ressaltou que a Ucrânia conhece as consequências de um desastre nuclear – referindo-se à catástrofe de Chernobyl, em 1986. No mesmo dia em que começou a invasão, o exército russo tomou o controle da usina inativa de Chernobyl.

A chefe de assuntos políticos da ONU também agradeceu às reuniões de negociação entre os dois países e afirmou esperar que o acordo do corredor humanitário seja implementado o quanto antes.

“O que estamos testemunhando na Ucrânia hoje é inconsistente com os princípios da Carta da ONU. Apenas diplomacia e negociação podem trazer uma solução duradoura para o conflito. A luta na Ucrânia deve parar e deve parar agora.”

FONTE: Por REUTERS

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