O futuro governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) avalia ceder cerca de um terço da Esplanada dos Ministérios a partidos aliados – tanto em consideração pelo apoio na disputa eleitoral como em busca de governabilidade junto ao Congresso Nacional.
Ao todo, são citadas onze pastas por aliados do petista. A expectativa é de que o número de ministérios seja ampliado de 23 para pelo menos 33 na nova gestão.
Lula ainda não definiu a configuração da Esplanada dos Ministérios. Ele tem deixado claro em conversas reservadas, segundo dirigentes petistas, que iniciará a partir desta semana a composição dos postos de primeiro escalão.
O petista, no entanto, de acordo com interlocutores, já deu sinais de preferências, além de aliados do presidente eleito já terem feito sondagens informais.
Os partidos que fizeram parte da coligação que elegeu Lula devem ser os mais contemplados. O PSB, do vice-presidente eleito Geraldo Alckmin, deve ficar com dois postos: Tecnologia e CGU (Controladoria-Geral da União).
Para as pastas, são cotados, respectivamente, os ex-governadores de São Paulo, Márcio França, e de Pernambuco, Paulo Câmara. Alckmin já sinalizou que não pretende assumir nenhum posto na Esplanada dos Ministérios.
A Rede deve assumir o Meio Ambiente, o PSOL é cotado para Povos Originários e o PCdoB é aventado para Cultura. Já o Solidariedade é avaliado para Trabalho e o Avante é considerado para Micro e Pequenas Empresas.
Em nome da governabilidade no Poder Legislativo, a nova gestão avalia convidar MDB, PSD e PSDB para a composição ministerial. As três siglas declararam neutralidade no segundo turno.
O MDB é cotado para duas pastas. A senadora Simone Tebet (MS) é avaliada para Educação ou Cidadania. Já Minas e Energia é considerado para o senador Eduardo Braga (AM).
Uma das pontes do petista com o agronegócio, o senador Carlos Fávaro (PSD-MT) é cotado para Agricultura. A nova gestão também avalia oferecer uma pasta ao PSDB. Os nomes do senador Tasso Jereissatti (CE) e do ex-chanceler Aloysio Nunes Ferreira são cogitados para Indústria e Comércio.
FONTE: Por CNN/Foto:REUTERS/Carla Carniel