A Força Aérea Brasileira (FAB) prorrogou até o dia 6 de maio o prazo para que garimpeiros deixem a terra indígena Yanomami voluntariamente em aviões particulares.
Na semana passada, o governo federal havia estabelecido que as decolagens na região com essa finalidade poderiam ocorrer até esta segunda-feira (23).
A FAB não informou o motivo da prorrogação. Em um comunicado à imprensa, se limitou a reforçar que a medida faz parte das ações contra o garimpo irregular na região.
“As aeronaves terão autorização de voo desde que se mantenham dentro dos limites laterais e verticais estabelecidos”, destaca o texto.
Não existe um dado oficial com o número de garimpeiros que estavam atuando na terra Yanomami, mas o Ibama e a Funai estimam que, antes da operação deflagrada nos últimos dias, eram cerca de 20 mil.
Além da saída pelo ar, em aviões fretados, as pessoas que deixam a região podem realizar o trajeto pelos rios. Embarcações, sem a presença de carga, estão autorizadas a seguir viagem para buscar garimpeiros e outras pessoas que sejam indígenas.
O garimpo ilegal é apontado como principal responsável pela crise humanitária e sanitária que atinge os Yanomami. O uso do mercúrio na extração ilegal de ouro, por exemplo, é apontado como fator de contaminação dos rios usados pelos indígenas para abastecimento e alimentação, provocando doenças e desnutrição.
FONTE: Por CNN