Morreu, nesta segunda-feira (6), um dos torcedores envolvidos na briga entre o Flamengo e o Vasco que ocorreu no domingo (5). A informação foi confirmada pelo Hospital Municipal Souza Aguiar.
Dos oito torcedores que deram entrada no hospital, três seguem internados, sendo dois em estado grave e um com quadro estável. Outros três receberam alta hospitalar e um deixou a unidade por vontade própria.
A briga
Antes do jogo entre o Flamengo e o Vasco começar, torcedores dos dois times entraram em confronto próximo ao Maracanã, estádio onde aconteceu a partida no domingo (5).
A Polícia Militar informou que torcedores também entraram em confronto com os policiais. Em nota, a PM diz que foi solicitado um reforço policial devido às brigas porque os indivíduos estariam tentando agredir a equipe policial e depredando a viatura.
O Corpo de Bombeiros informou ter sido acionado por volta das 16h45 para atender vítimas de agressão na rua Almirante Baltazar, em São Cristóvão.
Segundo a PM, policiais do BEPE e de outras unidades apreenderam cerca de 50 pedaços de madeira, nove barras de ferro, cinco bombas caseiras, fogos de artifício, soco-inglês e artefato explosivo em diferentes pontos da Zona Norte da cidade do Rio de Janeiro (Maracanã, Madureira, São Cristóvão).
Ainda segundo a PM, foram registrados disparos de arma de fogo contra torcedores, nas ruas General Canabarro e São Januário.
Em campo, o Vasco venceu o Flamengo por 1 a 0, com gol do lateral Puma Rodríguez.
“Primeira e última vez da minha família no Maracanã”, diz testemunha
“Muito medo. Pavor! Minha filha e outras crianças choravam muito! No ônibus não conseguíamos sair do lugar! Era bomba! Pauladas! Pedras! Foi a primeira e última vez da minha família no Maracanã.”
O relato desesperador é da jornalista Alessandra Ribeiro, que presenciou o violento confronto entre torcedores no entorno do estádio Maracanã antes do clássico.
Acompanhada do marido, da filha de 8 anos e de um grupo de amigos, a jornalista viajou cerca de 280 quilômetros de Campos dos Goytacazes até a capital. Entretanto, o que era para ser um dia festivo se transformou em momentos de pânico que traumatizaram a família.
“Todos tiraram as camisas de time, correndo. O trânsito parou. Então fomos andando já ao redor do estádio mas teve muita pancadaria. Bomba! Começou a chover muito. Veio a polícia de carro, cavalaria, a torcida enfurecida… começamos a correr, nos perdemos dos amigos, corremos até umas viaturas e paramos nelas com minha filha aos prantos, eu marido nervoso, meus sobrinhos de 8 e 19 anos apavorados. Foi desesperador”, contou à CNN.
FONTE: Por CNN