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Com foco no Sul do AM, governo lança operação contra desmatamento e queimadas

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Na foto, membro da brigada de incêndio do Ibama tenta controlar as chamas em um ponto de queimada em Apuí, no Amazonas, no dia 11 de agosto de 2020. — Foto: Ueslei Marcelino/Reuters

No ano passado, Amazonas bateu recorde histórico de queimadas. Governo aposta em ação interinstitucional para diminuir índices ambientais negativos em 2021.

O Governo do Amazonas lançou, nesta segunda-feira (29), a Operação Integrada Tamoiotatá, para combate ao desmatamento ilegal e as queimadas não autorizadas em 2021. A ação terá duas bases operacionais e foco no sul do Estado.

A ação começa a enviar equipes de fiscalização para o sul do Amazonas, área de maior pressão ambiental, já a partir desta quinta-feira (1º).

Em 2020, o Amazonas atingiu o pior índice de queimadas da história. Foram 16.729 focos de queimadas durante o ano, com recordes para um único mês registrados em julho e agosto.

A operação tem como meta a redução de 5% nas taxas de desmatamento e queimadas, no comparativo com o ano anterior, considerando o Plano de Prevenção e Combate ao Desmatamento e Queimadas (PPCDQ-AM), lançado em junho de 2020.

O primeiro efetivo embarca para o sul do Amazonas nesta quinta-feira (1º). A equipe permanece em campo por 15 dias, quando será substituída por um novo grupo.

Desta forma, o planejamento é que a Operação Tamoiotatá siga em atividades integradas no sul do Amazonas até o dia 12 de novembro.

A ação integra a Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), o Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) e a Secretaria Executiva Adjunta de Planejamento e Gestão Integrada (Seagi) da Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM), por meio da qual participam o Batalhão Ambiental da Polícia Militar, a Polícia Civil, o Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil do Amazonas.

Bases no interior

A Tamoiotatá é resultado de uma avaliação dos resultados obtidos na Operação Curuquetê 2, que atuou contra crimes ambientais no sul do Amazonas, de junho a novembro de 2020. Uma novidade é que, para a operação deste ano, as equipes vão contar com duas bases paralelas de atuação, uma no município de Apuí e outra em Humaitá.

Os dois municípios-base contarão com Centrais Integradas de Coordenação Operacional Municipal (Cicop), que vão atuar na geração de informações de Inteligência da Operação, em articulação direta com o Centro Integrado de Comando e Controle (CICC) em Manaus. O objetivo é auxiliar de forma mais assertiva as atividades de campo coordenadas pelo Ipaam.

“Nós vamos levar para Apuí e Humaitá a mesma estrutura integrada que a gente tem aqui no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC) em Manaus, com monitoramento, comunicação e coordenação efetiva dos trabalhos a serem realizados lá”, pontuou o secretário executivo adjunto de planejamento e gestão integrada da SSP-AM, coronel Hermes Macedo.

Além da atuação em campo, o Ipaam conta com maior suporte tecnológico para incrementar as atuações remotas, de acordo com o diretor presidente da instituição, Juliano Valente.

“O grande dificultador do Amazonas é o tamanho do estado, que torna ainda mais complexa nossa atuação em campo. Agora nós temos um incremento de Inteligência e Tecnologia, que ganhou mais ainda quando aderimos ao Programa do Ministério da Justiça, com as imagens da Planet, possibilitando também uma autuação remota do infrator e melhorando a velocidade da resposta”, completou.

FONTE: G1 AM

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