Início Manaus TCE vai apurar irregularidades em licitação para adequação do T6 na nova...

TCE vai apurar irregularidades em licitação para adequação do T6 na nova rodoviária de Manaus

Defensoria pede que o TCE suspenda cautelarmente a licitação e, para isso, apresentou uma série de irregularidades no procedimento.

0
T6 fica localizado no Lago Azul. — Foto: Prefeitura de Manaus

O Tribunal de Contas do Amazonas (TCE-AM) acolheu, nesta segunda-feira (24), uma representação da Defensoria Pública do Estado (DPE) para apurar possíveis irregularidades na licitação feita pela Prefeitura de Manaus para a adequação do T6 na nova rodoviária da capital. A justiça já havia negado o pedido da DPE.

A decisão de receber o pedido da DPE para investigar a licitação foi do próprio presidente da corte, conselheiro Érico Desterro. O relator escolhido para analisar o caso é o conselheiro Ari Moutinho Júnior.

No documento enviado à corte de Contas, a Defensoria pede que o TCE suspenda cautelarmente a licitação e, para isso, apresentou uma série de irregularidades no procedimento para transformar a rodoviária no novo terminal, como:

  • Não foi disponibilizado estudo aprofundado sobre a área onde será instalado o novo terminal e cronograma de execução do projeto;
  • Não houve adequada comunicação aos usuários, funcionários de empresas de transporte e permissionários diretamente afetados pelo projeto. Cumpre destacar que muitos dos prestadores de serviço que trabalham dentro e nos arredores da rodoviária estão no local há décadas, e o novo empreendimento trará inegável impacto socioeconômico, motivo pelo qual a sua oitiva configura diligência mínima e essencial a ser realizada;
  • Não há informações sobre a conexão da nova rodoviária com outras linhas de ônibus e facilitação do transporte urbano aos usuários. Vale lembrar que o investimento do T6 – criado inicialmente para operar apenas o transporte das linhas da zona norte – foi de R$ 16 milhões, e que este permaneceu inutilizado por mais de um ano antes de ser desativado, sob a justificativa de que teria sido construído “no lugar errado”. Há preocupação razoável, então, sobre a viabilidade de transporte dos usuários da rodoviária para as demais zonas da capital;
  • O empreendimento não avalia a necessidade de oitiva e cooperação com taxistas e motoristas de aplicativo, mormente por desconsiderar que o preço dos seus serviços deverá ser alterado, impactando diretamente os consumidores;
  • Não se tem conhecimento sobre a existência de espaço suficiente para acomodar a demanda dos usuários no novo local – relembrando que este foi inicialmente criado para suportar apenas o tráfego intramunicipal de passageiros da zona norte.

“Considerando que a presente Representação tem como escopo apurar suposta ilegalidade em procedimento administrativo presidido pela Administração Pública, constata-se que o caso em comento enquadra-se nas hipóteses elencadas no supracitado dispositivo”, disse o conselheiro-presidente.

Após receber a representação, o presidente do TCE enviou o caso ao relator para que este decida sobre a suspensão ou não da licitação, em caráter cautelar.

FONTE: Por G1 AM

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui