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Médico e falso anestesista são presos em clínica de estética irregular no RJ

O estabelecimento, que foi interditado, não possuía qualquer estrutura para eventuais intercorrências com os pacientes.

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De acordo com a polícia, o estabelecimento, que estava passando por reformas, não possuía qualquer estrutura para eventuais intercorrências com os pacientes Polícia Civil do Rio de Janeiro/Divulgação

O médico peruano Jaime Javier Garcia Caro, de 44 anos, e o colombiano Jean Paul Perez Barraza, de 29, que se passava por anestesista mas não possuía inscrição no Conselho Regional de Medicina, foram presos em flagrante na tarde desta terça-feira (21), em uma clínica sem licença sanitária, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.

Eles foram detidos no momento em que começariam um procedimento de lipoaspiração em uma paciente, de 29 anos, que já havia sido sedada. Uma ambulância do SAMU foi solicitada pelos agentes para levar a mulher até a emergência do hospital Hospital Geral de Nova Iguaçu para avaliação médica.

Na chegada dos policiais, o colombiano tentou sair da sala de cirurgia, retirando o jaleco que vestia, mas foi interceptado. No cômodo ao lado, havia outra paciente, de 44 anos, que tinha acabado de se submeter a um procedimento e repousava sob efeito do anestésico.

A ação, de policiais da Delegacia do Consumidor (Decon), com apoio do Serviço de Perícias da Cidade da Polícia, fiscais do Conselho Regional de Odontologia e agentes da Vigilância Sanitária de Nova Iguaçu, foi desencadeada a partir do monitoramento de perfis na internet que ofereciam os procedimentos estéticos complexos a preços populares.

O estabelecimento, que foi interditado, já havia sido alvo de uma outra operação em junho do ano passado, quando foram encontrados materiais impróprios para consumo.

Enquanto os policiais estavam na clínica uma mulher que havia realizado um procedimento dias antes chegou ao local se queixando de fortes dores e com inflamação da sutura. Além de lipoaspirações, a clínica também oferecia cirurgias como mamoplastia e implantes de silicone.

De acordo com a polícia, o estabelecimento, que estava passando por reformas, não possuía qualquer estrutura para eventuais intercorrências com os pacientes, como desfibrilador, equipamentos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e ambulância.

Os agentes também encontraram medicamentos e anestésicos conservados em geladeiras junto a alimentos e bebidas.

O médico e o falso anestesista foram encaminhados ao sistema prisional, onde permanecerão presos e à disposição da Justiça.

Eles e duas pessoas apontadas como responsáveis pela clínica responderão pelos de associação criminosa, exercício Ilegal da Medicina e por executar serviço de alto grau de periculosidade, contrariando determinação legal.

FONTE: Por CNN

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