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Dólar cai a R$ 5,58 e Ibovespa fecha em alta de 2,2% com Fed e Copom no radar

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FOTO: Pixabay
É o maior patamar de fechamento do Ibovespa desde o dia 19 de fevereiro

Após o anúncio do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), que decidiu manter a taxa de juros dos EUA entre 0% e 0,25%, o dólar virou para queda nesta quarta-feira (17) e fechou em baixa ante o real. 

O dólar à vista caiu 0,52%, a R$ 5,5876 reais na venda, depois de oscilar entre R$ 5,6834 (+1,19%) e R$ 5,5701 (-0,83%). 

Na B3, o Ibovespa passou a subir forte depois do anúncio e fechou em alta no pregão de hoje. O índice subiu 2,2%, para 116.549 pontos. É o maior patamar de fechamento do Ibovespa desde o dia 19 de fevereiro

No anúncio desta quarta, o Fed reafirmou sua política de estímulos à economia em meio à crise causada pelo novo coronavírus. 

A “Super Quarta” ainda tem a divulgação sobre a taxa básica de juros pelo Banco Central brasileiro. 

Por aqui, espera-se uma elevação da taxa Selic pela primeira vez em seis anos, mas analistas divergem sobre qual deve ser o tamanho deste aumento.

Além disso, o mercado interno também repercute o avanço incontido do coronavírus no país, a volta do auxílio do emergencial e instabilidades políticas e fiscais que rondam Brasília.

Lá fora

Após o anúncio do Fed e sinalização de compromisso com estímulos fiscais, os índices acionários dos Estados Unidos trocaram o sinal e passaram a subir. 

O S&P 500 fechou em alta de 0,29%, para 3.974 pontos, enquanto Dow Jones teve valorização de 0,58% e foi a 33.015 pontos. O Nasdaq Composite teve alta de 0,4%, para 13.525 pontos.

As bolsas da Ásia e do Pacífico fecharam majoritariamente em leve baixa nesta quarta-feira (17), com investidores demonstrando cautela antes da decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), que será anunciada hoje.

O índice acionário japonês Nikkei teve queda apenas marginal em Tóquio nesta quarta, de 0,02%, a 29.914,33 pontos, assim como o chinês Xangai Composto, que caiu 0,03%, a 3.445,55 pontos, enquanto o sul-coreano Kospi recuou 0,64% em Seul, a 3.047,50 pontos, e o Taiex se desvalorizou 0,60% em Taiwan, a 16.215,82 pontos.

As exceções foram o Hang Seng, que garantiu ligeira alta de 0,02% em Hong Kong, a 29.034,12 pontos, e o Shenzhen Composto, índice chinês de menor abrangência que subiu 0,99%, a 2.218,26 pontos.

Na Oceania, a bolsa australiana ficou no vermelho, com baixa de 0,47% do S&P/ASX 200 em Sydney, a 6.795,20 pontos.

O clima na região asiática e do Pacífico foi de prudência antes do anúncio do Fed, que será às 15h (de Brasília). Não há expectativa de mudanças na atual política ultra-acomodatícia, mas o BC americano irá divulgar novas projeções econômicas e uma perspectiva para a trajetória de suas taxas de juros. Diante do pacote fiscal de US$ 1,9 trilhão recém-aprovado no Congresso americano, o Fed poderá elevar sua previsão para o crescimento dos EUA neste ano.

Além disso, o presidente do Fed, Jerome Powell, deverá tentar convencer os mercados financeiros de que a instituição pode continuar dando apoio à economia sem com que a inflação dispare. Temores sobre pressões inflacionárias impulsionaram os rendimentos dos Treasuries, assim como de bônus europeus e asiáticos nas últimas semanas, prejudicando a demanda por ações.

Ainda nesta semana, o Banco da Inglaterra (BoE) e o Banco do Japão (BoJ) também irão revisar suas políticas monetárias, amanhã e sexta-feira, respectivamente.

FONTE: Matheus Prado e Leonardo Guimarães, do CNN Brasil Business, em São Paulo* *Com informações de Reuters e Estadão Conteúdo

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